Minha história com livros
Minha história com livros começou justamente quando eu ainda não gostava muito deles. Na escola eu sempre fui uma criança e adolescente que não gostava de ler, o que acabou me prejudicando até certo ponto.
Até a 4ª série, hoje 5º ano, eu lia só o basicão, como as apostilas da escola e um livrinho paradidático ou outro com muitas figuras. Quando fui para a 5ª série, aí o negócio apertou. Era um professor para cada matéria, cada um exigindo o essencial dentro de sua área. Foi meu primeiro ano lendo um livro sem tantas figuras (risos). A professora de Português pediu que lêssemos um livro da Coleção Vagalume, cujo nome não me lembro agora. Ler o livro foi um parto. Eu não tinha um bom ritmo de leitura e a história não me prendeu a atenção. A partir daí, eu só lia porque era obrigada. Acho que um dos poucos livros que eu curti mesmo ler na época da escola foi Amor & Cuba-libre. No Ensino Médio, ou o Colegial, como chamávamos, foi a mesma coisa. Aí entra a parte do “me prejudicou”. Eu sempre tive dificuldade para colocar no papel o que queria dizer, isso quando tinha algo a dizer. Aulas de Filosofia também eram momentos de tensão pra mim, sempre desejando que o professor nunca olhasse na minha direção para pedir que eu desse minha opinião sobre o assunto tratado.
Assim foi até o dia em que conheci o RPG de mesa e Senhor dos Anéis. Minha memória é péssima. Eu não sei dizer qual dos dois veio primeiro, se foi o RPG ou a trilogia. Então vou falar dos dois sem me atentar a datas.
O RPG me foi apresentado por um primo de São Paulo. Eu tinha o jogo Hero Quest, da Estrela, e, numa das visitas dele, apresentei o material. No dia do jogo estavam meu irmão, um primo nosso daqui da cidade, esse primo de São Paulo com um parente dele e eu. Como Hero Quest lembrava um pouco os RPGs de Dungeons & Dragons, o pessoal da capital apresentou outros títulos como Vampiro: A Máscara e Lobisomem: O Apocalipse. Eu me encantei pelo pouco que mostraram e fui atrás de materiais. Foi aí que parte de mim despertou para a leitura. Para poder jogar, era preciso ler um livro enorme, ainda mais se eu fosse jogar como narradora, o que praticamente aconteceu em 90% das vezes que joguei. Bom, os livros de RPG são uma mistura de histórias com regras, então foi de boa.
A partir daí, adquiri o gosto pela leitura. Uma boa parte das minhas contas do mês ia em livros. Hoje já dou uma maneirada, pois agora preciso dividir com as coisas dos jogos de videogame. Digamos que esses são meus lazeres. Eu não saio muito. Bom, essa de sair pouco fica pra outra postagem.
Nas minhas aulas, sempre que possível, conto essa história aos meus alunos. Sei lá… É uma tentativa de mostrar a eles que ler pode mudar bastante a vida da gente e que eles podem começar com livros de assuntos que gostam. Eles têm as leituras indicadas pela escola? Têm. Porém, por fora podem encontrar muitas coisas, ainda mais com a internet nas mãos.
Bom, para finalizar a longa história, convido vocês a conhecerem o Prisioneiro Dela (links aqui: digital e impresso). Futuramente pretendo trazer postagens falando especificamente dele e de seu cenário, assim como dos livros que estão para serem relançados.
Obrigada por ficar até o final deste longo texto! :)
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